Modelo Fernandinha Curi é diagnosticada com hipotireoidismo de Hashimoto

Modelo Fernandinha Curi é diagnosticada com hipotireoidismo de Hashimoto

Sendo uma doença Autoimune, a enfermidade não tem cura e exige do paciente tratamento contínuo durante toda sua vida. A médica que cuida da saúde da musa há 5 anos, falou sobre a doença autoimune que afeta a modelo.

A Dra. Michele Fonseca , da Clínica Instituto Drª Michele Fonseca, explica que o Hipotireoidismo de Hashimoto é uma doença autoimune caracterizada pela inflamação crônica da glândula tireoide. “O próprio corpo do paciente passa a não reconhecer como dele as proteínas que constituem a tireoide, então o organismo começa a produzir anticorpos que agem contra as proteínas da glândula e essa ação gera a inflamação crônica”, diz a doutora.

Por se tratar de uma doença autoimune, não há como saber ao certo as causas da doença ou o que a desencadeia, mas a médica explica que o fator genético é uma das hipóteses mais aceitas pela comunidade científica. “O que mais a gente vê é que ela acontece nos pacientes que têm uma suscetibilidade genética para desenvolver doenças autoimunes”, explica. Michele também aponta que outros fatores como estresse físico e mental, além do consumo excessivo de iodo — presente no sal de cozinha — também podem favorecer o início da doença.

O tireoidite é caracterizada pela inflamação da glândula tireoide e podem ocorrer casos em que ela é assintomática por muitos anos, como aconteceu com a Fernandinha, onde ela faz exames regularmente e nunca acusou nada, até a doença causar um desbalanceamento hormonal, mais comumente o hipotireoidismo, ou seja, a glândula deixa de produzir a quantidade recomendada de hormônios T3 e T4, o que causa efeitos na vida da pessoa.

A Musa fitness foi diagnosticada com a doença após sentir efeitos da mudança hormonal em seu corpo. “O cansaço extremo foi o primeiro e mais forte sintoma, mas pelo meu estilo de vida de acordar cedo, trabalhar o dia todo , treinar, dançar , mais a rotina de mãe e esposa , ficou ‘camuflado’ porque eu atribuía o cansaço a minha rotina”, explica.

“Eu desconfiava que havia algo de errado, pois era um cansaço fora do normal. Além de ter engordado, apareceram muitas celulites, queda de cabelo, falta de memória e sintomas de depressão, foi neste momento que a Dra Michele pediu os exames de sangue e foi confirmada a doença”, relatou.

Por ser uma doença autoimune, ainda não há uma cura para a tireoidite de Hashimoto. O que se pode fazer é o acompanhamento da doença através de um tratamento pontual dos sintomas mais graves da inflamação e balancear o descompasso hormonal através de medicação. Não há muito o que fazer em relação a mudanças no estilo de vida ou na alimentação. É ficar atento à qualquer inchaço na região da garganta e com alterações no corpo”, fala Dra Michele Fonseca.

Redação